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janeiro 14, 2010

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  • Fluxo de caixa – definições

    novembro 27, 2009

    Fluxo de caixa é um dos principais conceitos em finanças, pois o valor de um ativo está na sua capacidade de gerar fluxos de caixa. Embora todo mundo tenha uma boa noção do que é um fluxo de caixa, acho importante explicar o conceito para que tenhamos uma compreensão uniforme do termo fluxo de caixa. Para isso, o escopo aqui é definir fluxo de caixa, ativos, as atividades geradoras de fluxo (de acordo com a contabilidade) e advertir sob as diferenças entre a visão contábil e financeira.

    De maneira geral, podemos defini-lo como um movimento monetário que altera o saldo de dinheiro acumulado, em outras palavras, o movimento do dinheiro que efetivamente entra e saí. Como notação geral, consideramos um fluxo de caixa positivo como uma entrada de recursos que aumenta o caixa e o contrário, um fluxo de caixa negativo, uma saída de recursos.

    Consideramos um ativo um elemento de valor econômico que gera receita e/ou custo, como por exemplo: uma empresa, um projeto, um título, um equipamento, etc. Outro aspecto que devemos ter em mente é que os ativos são negociáveis, logo sua compra ou venda também gera fluxo de caixa.

    De acordo com a contabilidade, a origem dos fluxos de caixa de uma empresa está associada a 3 tipos de atividades de um ativo:

    • Operacional – Refere-se ao fluxo de caixa gerado pelas operações de uma empresa, como por exemplo, receitas, custos, despesas administrativas, etc. O fluxo de caixa operacional está diretamente ligado a demonstração de resultados (DRE) e variação no capital de giro. Contudo, lucro e fluxo de caixa são conceitos distintos. Esta advertência será mais bem explorada adiante neste post.
    • Financiamento – Atividades de financiamento são as formas de obter recursos e repagá-los, como por exemplo, um empréstimo, um aporte de capital, pagamento de uma dívida, etc. O fluxo de caixa financeiro está diretamente ligado à como a empresa financia suas necessidades por recursos e paga suas obrigações com investidores e bancos. Há duas fontes de financiamento possíveis: dívida e patrimônio líquido. Fontes de financiamento serão mais bem exploradas em um post próprio do assunto.
    • Investimento – Atividade de investimento são formas de a empresa alocar recursos em ativos que trarão benefícios futuros, como por exemplo, uma nova máquina num complexo fabril, capital de giro, pesquisa e desenvolvimento, a compra de outra empresa, etc. Os investimentos geram o aumento de um benefício/lucro.

    Outro tipo de fluxo de caixa muito recorrente em avaliação de empresas é o Fluxo de Caixa Livre (free cash flow). Este fluxo de caixa é a soma do fluxo de caixa operacional o fluxo de investimento. De uma maneira mais simples, podemos dizer que é o resultado operacional mais os itens não-caixa, menos investimentos em capital de giro, imobilizado e outros ativos. Outra leitura possível é o considerá-lo como fluxo de caixa disponível para o pagamento das fontes de financiamento, isto é, a dívida e os investidores.

    Um fato importante que devemos atentar é que lucro e fluxo de caixa são medidas distintas. O lucro apresenta convenções contábeis para apurar movimentos que nem sempre geram fluxos de caixa, o exemplo mais recorrente: a depreciação. Enquanto o fluxo de caixa é uma medida que apresenta o movimento monetário.

    A idéia deste post era apresentar a definição do fluxo de caixa como movimento monetário (ou dinheiro que entra e saí), a definição do que são os ativos que geram o fluxos de caixa, a definição das 3 atividades (operacional, financiamento e investimento) e advertir sobre a diferença entre fluxo de caixa e lucro.